Dia Mundial da Síndrome de Down é marcado com campanha de conscientização e inclusão na UAEADTec da UFRPE

 

A Unidade Acadêmica de Educação a Distância e Tecnologia da UFRPE, por intermédio da Seção de Acessibilidade, está promovendo uma campanha de conscientização global em celebração à vida das pessoas com Síndrome de Down, com o objetivo de garantir que elas desfrutem das mesmas condições de inclusão e oportunidades que todas as outras pessoas. O Dia Mundial da Síndrome de Down, celebrado em 21 de março, é reconhecido pelas Nações Unidas desde 2012. Essa data foi escolhida por representar a triplicação (trissomia) do 21º cromossomo, responsável pela síndrome.

A Síndrome de Down (SD) não deve ser considerada uma doença, mas sim uma variação genética natural presente na espécie humana desde os primórdios. Sua descrição remonta a 150 anos, quando John Langdon Down, em 1866, a identificou pela primeira vez como um conjunto distinto de características clínicas. Embora os avanços científicos tenham sido significativos desde então, ainda persistem muitos estudos e pesquisas em andamento para promover uma melhor compreensão e progresso no manejo da síndrome. No Brasil, estima-se que ocorra em cerca de 1 em cada 700 nascimentos, o que totaliza aproximadamente 270 mil pessoas com Síndrome de Down. Em escala global, a incidência é estimada em 1 em cada 1 mil nascidos vivos.

Embora não seja uma doença, mas sim uma condição genética, o Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei 13.146/2015) garante às pessoas com Síndrome de Down oportunidades de trabalho e estudo sem discriminação por sua condição. Além disso, essas pessoas têm direito a uma série de benefícios garantidos por lei, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC), aposentadoria, isenção de Imposto de Renda, uso do Passe Livre em transporte interestadual e vaga especial em estacionamentos. No entanto, o maior direito que a sociedade pode oferecer é tratar as pessoas com Síndrome de Down com naturalidade, respeito e empatia.

A coordenadora da Seção de Acessibilidade da UAEADTec-UFRPE, professora Lílian Débora Barros, destaca a importância deste momento para reflexão. "O respeito e a educação são pilares essenciais para a convivência humana. Nosso objetivo é incentivar a sociedade a refletir sobre a importância da empatia, a necessidade de garantir direitos e oportunidades iguais, e a valorização do respeito mútuo. Nesse contexto, as universidades desempenham um papel muito importante ao promover a igualdade social, fomentar o conhecimento e combater o preconceito, contribuindo para a construção de uma sociedade mais inclusiva e amorosa", enfatiza a gestora. Ela também ressalta que ainda há poucos estudantes com Síndrome de Down nas universidades, e expressa a esperança de que esse cenário mude no futuro.