Desde a Pré-História até os dias atuais, as mulheres têm desempenhado papéis cruciais na sociedade, buscando fortalecer o desenvolvimento humano em diferentes esferas: no âmbito familiar, nos ambientes organizacionais e na busca pelo empoderamento. No Brasil, é notável a existência de uma dívida inegociável em relação aos direitos da classe feminina, tais como o acesso pleno às atividades profissionais em empresas e o exercício irrestrito de sua cidadania, incluindo o direito ao voto.
Mesmo com alguns indicadores que evidenciam um espaço ampliado ao gênero, há ainda no século XXI, diversos tipos de desigualdades: nos salários, nos números de funções e espaços de decisões de poder.
Para Beauvoir (1980), uma mulher torna-se plenamente humana quando tem oportunidade de se dedicar ao exercício de atividades públicas e quando pode ser útil à sociedade. Ela ressalta ainda que “No dia que for possível à mulher amar em sua força e não em sua fraqueza, não para fugir de si mesma, mas para se encontrar, não para se renunciar, mas para se afirmar, nesse dia o amor tornar-se-á para ela, como para o homem, fonte de vida e não perigo mortal”.
As epígrafes da autora retratam de forma direcionada a busca de espaços para as mulheres contribuírem, lutarem e exercerem os seus direitos, institucionalizados por lei. No entanto, fazer parte dessa história significa um árduo processo de modificações no campo legal e jurídico.
Ainda atualmente, é preocupante o número significativo de agressões, que se classificam em diferentes formas: física, psicológica, sexual, moral, patrimonial e negligência. Para combater esse problema, é crucial investir na prevenção por meio da construção do conhecimento em diversos contextos, como núcleos familiares, escolas e espaços de lazer. Além disso, é fundamental promover reflexões e cultivar atitudes exemplares que possam ser registradas e replicadas cotidianamente, contribuindo para uma sociedade mais justa e segura.
Neste mês, celebramos o lançamento da Campanha Agosto Lilás, uma iniciativa essencial que destaca a Lei Maria da Penha, sancionada em 07 de agosto de 2006. Essa importante legislação foi criada para enfrentar a preocupante realidade da violência doméstica no Brasil. A Campanha Agosto Lilás nos lembra da necessidade contínua de combater esse problema e promover uma sociedade mais segura e justa para todas as mulheres.
Dentro desse cenário, a Universidade se destaca como um espaço relevante e essencial para promover rodas de diálogo, reflexões e a disseminação de informações. Sua contribuição é de suma importância para pautas que visam combater e reduzir a violência doméstica, desempenhando um papel fundamental na construção de uma sociedade mais segura e consciente.
Não deixe de assistir ao vídeo abaixo, onde você encontrará um enriquecedor diálogo com a coordenadora da Seção de Acessibilidade da UAEADTec, professora Lilian Débora Barros, e a cientista social e servidora pública que atua nos aspectos Lei Maria da Penha, Patrícia Gomes. Nessa conversa, são explorados diversos temas relevantes, com destaque para questões relacionadas à Lei Maria da Penha. Os insights compartilhados pelas participantes são de grande valor e proporcionam uma visão mais abrangente sobre o assunto.